LINHA DO TEMPO 1

SENTA QUE LÁ VEM A HISTÓRIA

Vamos conhecer mais um pouco da história do Vini enquanto bebemos uma água e tomamos fôlego para continuar nossa caminha…

Vini nasceu no dia 21 de maio de 2013, um dia muito esperado e desejado, um dia que iria mudar minha vida e eu nem sabia…Um parto de emergência devido a um sofrimento fetal diagnosticado na maternidade, com apenas 38 semanas e 2 dias o imprevisto acontecia, Vinicius por uma fatalidade, como alguns sugeriram, aspirou mecônio dentro do útero o que provocou uma anóxia ( explicando: mecônio seria o primeiro cocô do bebê, massa esverdeada que os bebês fazem depois de nascer, mas o Vini o fez ainda na minha barriga, fatalidade pois isso não é comum em gestações com menos de 40 semanas, e anóxia é a falta de oxigênio no cérebro, o que ocasionou lesões cerebrais resultando assim no diagnóstico de Paralisia Cerebral)

Diante deste contexto, Vinicius foi levado às pressas para a UTI neonatal, no início confesso que não achei que seria algo grave, afinal de contas estava meio anestesiada em meio tanta dor que senti..

Tensão ao saber do sofrimento do bebê, mistura de medo e emoção, e naquela noite no quarto sem meu Vini a preocupação começou a bater. Lembranças do parto, da tensão dos médicos e de algumas palavras ditas, como “ vamos rezar, começaram a tirar meu sossego e foi aí que eu percebi que tinha algo errado.

NA MANHÃ SEGUINTE

A médica chefe da UTI nos comunicou que o Vini havia sofrido uma convulsão durante a madrugada, decorrente da anóxia que havia sofrido, segundo ela, algo esperado, não que esse comentário tenha me consolado, e ela continuou dizendo que agora o Vini estava entubado, ele estava com pneumonia química devido ao mecônio. Assim começou o dia 22 de maio, nos 2 horários de visita (só 2 pessoas podiam entrar) eu e meu marido estávamos com ele, aquele bebê grande, a termo, se destacava em meio aos prematuros, definitivamente ali não era o lugar dele. Na minha primeira visita a UTI, apesar dele estar todo cheio de fios e monitores, eu via aquele bebê dourado, como eu o descrevi para todos lá fora, lindo, forte, grande, perfeitinho em seus traços, e imediatamente a primeira música que cantarolei para ele foi “Alecrim Dourado”, ele brilhava naquele bercinho.

Saí de lá feliz acima de tudo, vi o quão forte ele era, e tive a certeza que aquilo tudo era temporário, porém na segunda visita do dia outra médica na UTI veio falar conosco e ali meu mundo desmoronou.

Ela começou a dizer que casos como o do Vini as crianças ficavam em média 3 meses, até 6 meses na UTI, depois disso não consegui ouvir mais nada que ela disse, saí da UTI amparada pelo meu marido sem forças para nadar, eu chorei a noite inteira, não podia ser verdade aquilo, não foi aquilo que senti ao ver meu filho. E foi então no dia 23 de maio que respirei fundo, e pela primeira vez pude sentir a força, a fé, a esperança, o carinho e a generosidade que uma rede social pode reunir e nos oferecer, resolvi fazer um post no facebook pedindo orações, e dividindo minha dor e angustia, eu precisava de colo, precisava sentir mais gente comigo me dando força para seguir, apesar da minha família estar comigo, todos estavam também anestesiados com tudo aquilo, por isso publiquei minha aflição e foi a melhor coisa que eu fiz, pois a força que eu precisava veio e eu consegui raciocinar e traçar nossa estratégia para sairmos logo do hospital.

Juntei minhas forças com as que eu recebia, de muitos amigos e conhecidos pela rede, e falei com meu marido que o Vini precisava sentir que estávamos lá, que tinha uma família esperando e torcendo por ele, que ele tinha um irmão de 4 anos que estava muito triste porque o irmão tão desejado ainda não estava em casa, e então conversei com uma terceira médica na UTI, que entendeu perfeitamente com muito amor o que eu queria mostrar ali, e permitiu que todos da família vissem o Vini, inclusive o irmão de 4 anos, mas eu ficaria com o Vini na UTI e os demais iriam revezar, apenas o irmão entraria com meu marido. E assim fizemos, João, o irmão, foi o primeiro a entrar, perguntou para o que servia cada fio que estava ligado ao Vini, e ao sair pulava no corredor do hospital e dava piruetas de tanta alegria, em seguida vieram os avós e tios, um a um passando sua energia, fazendo suas orações e colocando todo seu amor, agora sim, o Vini teve a certeza que era muito amado e esperado e eu tinha meu coração mais tranquilo e esperançoso.

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